A
criminalidade é um problema antigo, mas que atualmente nunca esteve em um
patamar tão alto, gerando um sentimento de insegurança em cada cidadão no seu
cotidiano.
A
criminalidade no Brasil nas últimas décadas tem um componente fortemente
estrutural ligado a diversos fatores como as desigualdades sociais, a falência
do sistema de justiça criminal e de forma geral a falta de medidas preventivas
para resolver o problema gerador da violência.
Goiânia
uma das capitais mais belas do Brasil não leva apenas esse título, mas também
de uma das capitais mais violentas do país, e que segundo algumas pesquisas é
uma das mais violentas do mundo.
O
problema da violência não será resolvido da noite para o dia, mas se as
providencias já forem tomadas e as atitudes de mudança saírem do papel, chegaremos
a números satisfatórios à respeito da redução da criminalidade na grande
Goiânia.
Segundo
grandes estudiosos do assunto e experiências práticas que deram certo como em
Bogotá na Colômbia, as medidas para a redução da criminalidade são simples e de
baixo custo.
A
dinâmica de homicídios no Brasil geram entorno do tráfico de armas e de drogas,
sendo estes a engrenagem da criminalidade que para ser combatido levará após
atitudes decisivas anos para começarmos a ver resultados. Dessa forma temos de
começar reduzindo o perímetro territorial para ser colocado em prática as
políticas de prevenção do crime e da violência como em nossos próprios bairros.
A
crítica em torno da ineficácia do policiamento orientado para o incidente que é
o modelo de polícia que conhecemos levou à discussão de dois novos modelos
distintos de organização policial: o policiamento comunitário que aproxima a
comunidade da policia, a fim de que se possa identificar os focos e causas que
levariam às tensões e conflitos sociais no próprio local de atuação do policial;
e o policiamento orientado para a solução do problema, que surgiu como resposta
à crítica sobre o desperdício de recursos decorrentes da estratégia geral de
policiamento orientado para o incidente, em que as forças policiais nem
resolviam os problemas, nem previnem o crime.
Desde
finais da década de 1970 vários países e cidades passaram a adotar modelos
integrados de gestão de segurança pública, em que as ações no campo da
prevenção social eram idealizadas junto com o planejamento do trabalho
policial. Segundo um relatório do Banco Mundial (2003), as tendências de
abordagens de políticas para a prevenção do crime e da violência envolveriam :
1)
Mudança do enfoque mais restrito de prevenção baseado na polícia, para uma
visão preventiva mais ampla baseada na comunidade.
2)
Desenvolvimento do consenso acerca da necessidade de atuação nas condições
sociais que encorajam o crime e a vitimização.
3)
Mudança de visão da responsabilização primária da polícia, para o
reconhecimento de que governos, comunidades e parceiros em todos os níveis devem
ser engajados.
4) Reconhecimento
do papel crucial que líderes municipais desempenham no processo de organização
e coalizão local.
5)
Consenso crescente de intervenções focadas nos fatores de risco para reduzir o
crime, violência e outros problemas sociais.
6)
Ideia de que prevenção é custo efetiva quando comparada com soluções da justiça
criminal.
Essas
abordagens podem ser identificadas nas estratégias gerais de prevenção e
controle da criminalidade de inúmeros países, que resumiram as abordagens de
prevenção ao crime, adotadas oficialmente pelas agências governamentais e que
se pelo menos algumas delas fossem colocadas em prática na capital goiana,
assim como outras políticas de prevenção de crimes que já existem e fazem
efeito na prática, estaríamos em um bom começo para mudar a realidade da
criminalidade em Goiânia.

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