sexta-feira, 17 de abril de 2015

A Criminalidade na Capital Goiana


A criminalidade é um problema antigo, mas que atualmente nunca esteve em um patamar tão alto, gerando um sentimento de insegurança em cada cidadão no seu cotidiano. 

A criminalidade no Brasil nas últimas décadas tem um componente fortemente estrutural ligado a diversos fatores como as desigualdades sociais, a falência do sistema de justiça criminal e de forma geral a falta de medidas preventivas para resolver o problema gerador da violência.

Goiânia uma das capitais mais belas do Brasil não leva apenas esse título, mas também de uma das capitais mais violentas do país, e que segundo algumas pesquisas é uma das mais violentas do mundo.

O problema da violência não será resolvido da noite para o dia, mas se as providencias já forem tomadas e as atitudes de mudança saírem do papel, chegaremos a números satisfatórios à respeito da redução da criminalidade na grande Goiânia.

Segundo grandes estudiosos do assunto e experiências práticas que deram certo como em Bogotá na Colômbia, as medidas para a redução da criminalidade são simples e de baixo custo.

A dinâmica de homicídios no Brasil geram entorno do tráfico de armas e de drogas, sendo estes a engrenagem da criminalidade que para ser combatido levará após atitudes decisivas anos para começarmos a ver resultados. Dessa forma temos de começar reduzindo o perímetro territorial para ser colocado em prática as políticas de prevenção do crime e da violência como em nossos próprios bairros.

A crítica em torno da ineficácia do policiamento orientado para o incidente que é o modelo de polícia que conhecemos levou à discussão de dois novos modelos distintos de organização policial: o policiamento comunitário que aproxima a comunidade da policia, a fim de que se possa identificar os focos e causas que levariam às tensões e conflitos sociais no próprio local de atuação do policial; e o policiamento orientado para a solução do problema, que surgiu como resposta à crítica sobre o desperdício de recursos decorrentes da estratégia geral de policiamento orientado para o incidente, em que as forças policiais nem resolviam os problemas, nem previnem o crime.

Desde finais da década de 1970 vários países e cidades passaram a adotar modelos integrados de gestão de segurança pública, em que as ações no campo da prevenção social eram idealizadas junto com o planejamento do trabalho policial. Segundo um relatório do Banco Mundial (2003), as tendências de abordagens de políticas para a prevenção do crime e da violência envolveriam :

1) Mudança do enfoque mais restrito de prevenção baseado na polícia, para uma visão preventiva mais ampla baseada na comunidade.
2) Desenvolvimento do consenso acerca da necessidade de atuação nas condições sociais que encorajam o crime e a vitimização.
3) Mudança de visão da responsabilização primária da polícia, para o reconhecimento de que governos, comunidades e parceiros em todos os níveis devem ser engajados.
4) Reconhecimento do papel crucial que líderes municipais desempenham no processo de organização e coalizão local.
5) Consenso crescente de intervenções focadas nos fatores de risco para reduzir o crime, violência e outros problemas sociais.
6) Ideia de que prevenção é custo efetiva  quando comparada com soluções da justiça criminal.


Essas abordagens podem ser identificadas nas estratégias gerais de prevenção e controle da criminalidade de inúmeros países, que resumiram as abordagens de prevenção ao crime, adotadas oficialmente pelas agências governamentais e que se pelo menos algumas delas fossem colocadas em prática na capital goiana, assim como outras políticas de prevenção de crimes que já existem e fazem efeito na prática, estaríamos em um bom começo para mudar a realidade da criminalidade em Goiânia.

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